Como gostar da nova música do Strokes

 http://i.imgur.com/Z3Ym9RQ.jpg

Abordarei neste texto uma tragédia.

 Não a de Santa Maria, mas uma tragédia igualmente recente: a nova música da banda The Strokes.

 Tô brincando, calma! A música, entitulada de One Way Trigger, está longe de ser uma tragédia; embora tenha causado tanto rebuliço nas redes sociais quanto o triste incidente na boate Kiss.


Termine de ler o texto antes de dar play!

 O grupo novaiorquino The Strokes é reconhecido por muitos como a "salvação" do rock nos anos 2000. O Is This It, album de estréia da banda, é (merecidamente) considerado um grande marco na história da música, porque junto com ele, tivemos de volta o retrô, a simplicidade, o rock de garagem.

 Doze anos após Is This It e dois depois do último cd, a banda composta por Julian, Nick, Albert, Nikolai e Fab (que é brasileiro, por sinal), liberou um material que virou piada por ter sido inspirado pelo infame Tecnobrega paraense... Será mesmo?

 Se você não gostou ou ainda está indeciso quanto a One Way Trigger, me acompanhe nessa jornada. Ensinar-te-ei a gostar dessa joça!

São só três passos:

1° passo) Desassociar One Way Trigger de Tecnobrega

O primeiro passo é o mais difícil.

 É quase impossível gostar de algo que é piada na internet, admita. As vezes acontece sem querer, só de ver o pessoal tirando sarro você acaba sendo influenciado de alguma forma. Tem pessoa que odeia Crepúsculo sem nunca ter assistido — e que no máximo viu o vídeo do Felipe Neto sobre —, por exemplo. [nota: Crepúsculo é uma bosta.]

Em outras palavras, muita gente não gostou da música porque muita gente não gostou.

 Reconheço o valor humorístico da piada, apesar de tudo. Eu mesmo não havia gostado da música na primeira escutada, uma vez que meu primeiro contato com ela se deu através desse vídeo:


 O vídeo é sensacional! Há, de fato, uma ligeira semelhança entre o ritmo acelarado de One Way Trigger e os curiosos remixes do DJ Cremoso. Mas, porra, usar isso como argumento pra não gostar da música é idiota. As chances de umas das bandas mais influentes do século XXI ter realmente se inspirado num gênero derivado da fusão entre o brega paraense e o eletrônico são quase nulas — por mais preconceituoso que isso soe —, portanto, você precisa entender que a comparação só funciona como piada; e nada mais além disso!

"Ah, ainda assim a música continua parecendo com algo que eu ja escutei antes."

Com certeza! E é isso que nos leva ao passo 2:

2°) Pense em A-ha, não em Banda Uó

 Lembra de Take On Me?

Aposto que ao menos uma vez na vida você já tentou reproduzir esse tecladinho animado, seja murmurrando, assobiando ou cantarolando "tã tã tã"!

 A banda norueguesa A-ha foi uma das mais famosas de Synthpop — que é basicamente a mistura de rock com teclados e sintetizadores —, especialmente pelo sucesso estrondoso da música acima nos anos 80.

 Som bacana, né? Então, se for pra associar One Way Trigger com alguma coisa, associe a Take On Me.  Faz muito mais sentido, aliás.

"Foda-se o A-ha. One Way Trigger é diferente de tudo o que os Strokes já fizeram!"

 Errado. Em Angles, o album mais recente, a banda já havia deixado algumas pistas sobre qual caminho iriam seguir. Não estou dizendo que prefiro a situação atual, mas (quase) sempre aceito numa boa que bandas mudam e que, hora ou outra, vão tentar coisas novas.

3°) Escute várias vezes

 Tem gente que foi tão influenciada pelos comentários dos outros que nem se deu ao trabalho de escutar a música até o fim. Sério, conversei com várias pessoas sobre isso e a maioria alegou que só de escutar o tecladinho animado já fechou o player — e muito provavelmente, logo em seguida, correu pro twitter pra disseminar ainda mais a anedota do "Strokes virou tecnobrega".

 Enfim, O último passo é tão simples quanto parece. Agora que você já deletou o tecnobrega e instalou o synthpop em seu memory card mental, basta dar play na música e deixar ela ir crescendo em você. Faça isso quantas vezes forem necessárias!

 Seguindo esses três simples passos, em pouco tempo você ficará com vontade de dançar — não como o Capitão América daquele vídeo lá em cima, por favor! — sempre que escutar o comecinho de One Way Trigger. Além disso, o hook que antecede o refrão e o excepcional solo de guitarra provam que The Strokes continuam sendo… The Strokes. E a letra é bacana pra caramba também:

 Grande serviço de utilidade pública este cartaz. Já que é impossível entender 100% do que o Julian Casablancas canta na música! haha [Clique na imagem p/ ampliar]

 Por esses e outros motivos, odiar gratuitamente a música nova do Strokes é idiotice. Se for pra falar mal, pelo menos escute-a inteira! *Strokesfag feelings*

 Deixem aí nos comentários se o meu tutorial te ajudou de alguma forma. Podem me xingar também, se não concordam com as coisas que eu disse. Bora discutir!

 E pra fechar o post, uma interessante homenagem a "Last Nite" feita por ninguém menos que… BANDA UÓ!


Obs: me superei na capa desse post! hahaha

18 comentários:

  1. Antes de qualquer coisa: A capa desse post tá demais... Hahahahaha, tava ansiosa por esse seu texto. 
    Enfim! Concordo com absolutamente tudo o que você escreveu, incrível como nossos gostos musicais são extremamente similares. Na 1ª vez que ouvi essa música, achei um verdadeiro LIXO, confesso (inclusive, você até sabe hahah). Mas fui ouvindo  "One Way Trigger" de pouco em pouco, igualzinho você disse aí, e agora eu não consigo parar mais (juro). 
    Quem gosta (pra caramba) de Strokes sempre tem que estar preparado a grande mudanças, grande exemplo é o album Angles! Apesar de prefirir o álbum "Is This It", Angles também é um dos meus favoritos. 
    Todavia, seu post ficou muito bom! Pena que antes de ler, eu já tinha "aprendido" a gostar da música hahaha. Você é demais, cara.. Escreve bem e sabe fazer com que as pessoas interpretem as coisas de forma diferentes muito bem também. É isso, e quanto a Banda Uó, me divirto com essa música aí! hahahaha Obs: Sabia bem que não ia dar pra te elogiar por twitter e ao mesmo tempo mostrar a minha concepção das coisas, mas não sabia que meu comentário ia ficar tão grande O:

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  2. PERAE! Antes de comentar o texto em si tenho uma coisa a dizer sobre a capa:
    Falcão NÃO É BREGA, ou ao menos, não é só isso. E colocar uma imagem da vestimenta de um dos artistas mais geniais do nordeste num texto que fala de Tecnobrega é sacanagem. (sim, sou fã do falcão)

    Dito isso, devo admitir que conheço quase nada do The Strokes e por causa disso eu tenho uma opinião um pouco mais imparcial do que dos fãs chatos que reclamam  de tudo de novo que sai, assim como dos fãs malucos.

    E posso dizer uma coisa: A música é legalzinha, mas essa batida 80's estraga muito dela. Não pela batida em si, mas porque ela se sobressai muito(na minha opinião). Não parece A-Ha, parece ABBA. Entretanto, como um cara que entende muito de tecnobrega pelo fenômeno da osmose(ou difusão, tô com preguiça de saber qual é o certo), o teclado não lembra Tecnobrega e isso é um fato. Apesar de que aposto que no mundo tem mais pessoas que odeiam ABBA do que tecnobrega.Por fim, deixo um aviso aos fãs radicais e aos gosto de tudo: Ninguém acerta sempre. Então recomendo aos que gostam de qualquer coisa que aceitem que a banda um dia irá fazer algo tão ruim quanto chinese democracy. E aos que dizem que a banda acabou, lembrem-se QUE AS MÚSICAS ANTIGAS AINDA EXISTEM. ENTÃO PAREM DE ENCHER O SACO POR CAUSA DA ONE WAY TRIGGER E VÁ ESCUTAR O ALBUM QUE VOCÊS GOSTAM!

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  3. Quanto a afirmação de que The Strokes foi a banda que salvou o 00's, caro amigo Gus, tire essa fardinha indie e admitam que quem salvou o Rock(da forma como se salva qualquer mercado, A.K.A, vendendo muito) dos anos 2000 foi a porcaria do Link Park...

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  4. Você é suspeito para falar sobre Strokes, mas como tu tem um gosto musical lindo, acho que as pessoas deviam te ouvir! 
     Gostei do post =)

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  5.   Opa, era exatamente esse tipo de comentário que eu queria! Eles mantém o post vivo... Quanto a resposta, vou responder na ordem do seu comentário:

    A capa foi por pura zoeira! Eu sei que tecnobrega e brega são coisas diferentes, mas eu queria fazer uma brincadeira pra tentar chamar atenção. Não existe uma vestimenta pro tecnobrega (eu acho), já pro brega tem o icône que é o Falcão.

     Porra, não parece A-Ha? Me dê o nome de uma música do ABBA pra eu comparar, conheço muito pouco da banda.

     Eu também não achei que o teclado parece tecnobrega, só um pouco (como escrevi no texto). A intenção do texto foi provar o contrário, apesar que grande parte da internet disse que parece (dá um search nos termos "tecnobrega strokes" pra vc ver) e o pior: a "musa" (não são minhas palavras) do tecnobrega, Gaby Amarantos, disse que One Way Trigger é tecnobrega http://g1.globo.com/musica/noticia/2013/01/tecnobrega-do-strokes-e-bom-diz-gaby-amarantos-sobre-musica.html

     Chinese Democracy foi foda (no pior sentido), nem lembrava dessa merda. Mas tem o lance de só ter o vocalista da banda original, se não me engano, e que a banda realmente estava nas últimas... já The Strokes tá pra lançar o quinto album ainda, com a formação original. Em outras palavras, eles tem muitos anos pela frente até que "chinese-democracytizem" (como também pode nem acontecer isso, ou eles acabem antes de acontecer, sei lá).

    Valeu pelo comentário, cara! Quero reply ein?

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  6.  Eu coloquei o "salvação" entre aspas justamente porque eles não salvaram o rock no sentido literal. Mas sim porque o album deles apareceu trazendo de volta um estilo de rock lá dos anos 70 (de garagem) e, além de vender muito, foi extrememante bem recebido pela crítica (o que é raríssimo). Fora que o album influenciou muitas das bandas que conhecemos e curtimos hoje. Pode não ter sido a salvação, mas foi um marco!

    Linkin Park não fez nada disso, no máximo fez sucesso. E nem era "rock", era Nu Metal!

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  7. Antes de mais nada, levar em consideração a opinião dessa Gaby Amarantos(de quem eu nunca ouvi falar) sobre Rock Alternativo é a mesma coisa que acreditar quando John Lennon disse que os Beatles criaram o Heavy Metal com Helter Skelter.
    E sim, parece com A-HA, mas me lembrou mais ABBA(porque a batida de One Way Trigger é muito 80's). Tem Fernando e Take A Chance On Me. De qualquer modo a comparação com Tecnobrega é imbecil.E por fim, reitero o conselho que deixei no fim do comment: Ninguém acerta sempre. Então recomendo aos que gostam de qualquer coisa que aceitem que a banda não é perfeita e um dia irá fazer algo tão ruim quanto chinese democracy. E aos que dizem que a banda acabou por causa de um single piorzinho, lembrem-se que sempre poderá escutar as músicas antigas...

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  8.   Cara, vc ao menos leu a matéria? Ela não está falando de rock alternativo, está falando de tecnobrega.
    E por que não levar a opinião de uma cantora de tecnobrega em consideração? Ou melhor, porque levar em consideração a opinião de alguém que "aprendeu por osmose" e não a de alguém que FAZ tecnobrega?
     Novamente, também acho a comparação com tecnobrega imbecil. Mas não como piada! (expliquei isso no texto)

    A-Ha é 80´s também, cara. Primeiro você disse que não parecia A-ha, agora disse que parece... e que ABBA te lembrou mais. Beleza, esse lance de uma música remeter a outra é bastante pessoal, eu respeito! Mas essas duas músicas que você citou... honestamente? TEM NEM UM POUCO A VER! Parece que vc escolheu randomicamente, só pra ilustrar o comentário.

    Abraço

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  9. Cara, Ela está falando de The Strokes(que eu ACHO que é alternativo. Não vou confirmar porque não entendo porra nenhuma de classificação de rock), então acho que a opinião dela sobre a música do Strokes não deve ser tão levada em consideração. Até porque tecnobrega não é caracteristico pelo teclado em si, mas pelos ritmos pré-produzidos dos teclados.(e não, não li a matéria por inteiro, mas agora que li continuo com a mesma opinião).


    Eu falei de ABBA porque é uma banda que tem uma pegada tão 80's que incomoda, que é minha opinião sobre o riffzinho de OWT. Estava falando da sensação que a música passava, não da música em si. E sim, as 2 músicas que falei foram aleatórias, só pra você ter uma ideia do estilo musical de ABBA.

    E quanto a frase, ela ficou mal construída  quis dizer que apesar de parecer um pouco com A-ha, me lembra mais aquele teclado mais alto que o resto da música, o que acontece em Take a Chance On Me...

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  10. Não força bicho, One Way trigger se não é uma merda, no mínimo é chato e inssosso. e A-Ha é datado, mas muito menos tosco.

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  11.  Forçar é chamar OWT de merda, numa época onde merdas inexplicáveis fazem muito mais sucesso!

    E você acha A-Ha datado? A banda até pode ser, mas Take On Me não... acho que a música sobreviveu muito bem durante os anos, tanto que eu nasci depois dos anos 80 e mesmo assim escuto Take On Me até hoje.

    Obrigado pelo comentário!

    Abs

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  12.  O engraçado é que vc tá falando pra não levar em consideração a opinião da tal Gabi Amarantos, mas não está me dando motivos para levar A SUA opinião em consideração!
     Você já afirmou entende de tecnobrega por osmose, não sabe quase nada sobre The Strokes e agora que não entende porra nenhuma de classificação de rock.

    A suposta pegada 80s de OWT só existe porque ela nos remete a uma música dos anos 80, no caso, Take On Me! Não sei da onde vc tirou o lance do ABBA, mano. Você só falou que estava falando da sensação que a música passava agora, como eu iria saber antes? O que é uma música passa é algo MUITO pessoal e subjetivo, cara, eu por exemplo não sinto a mesma coisa quando escuto OWT...

    Obs: Tô vendo indícios de um potencial TROLL em seus comentários hahaha a diferença é que vc mostra a cara e isso é muito legal! Mais uma vez, obrigado pelos comentários.

    Abraços

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  13.  Fico sem jeito quando puxam meu saco (essa frase ficou estranha)! haha Quanto as pessoas me ouvirem, seria legal, mas acho impossível isso acontecer! hehe

    Obrigado pelo comment, Tay

    Bjs

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  14. Gus, desta vez terei que discordar - não gostei da música nem da letra de One Way Trigger. Aquele impulso, aquele grito de renovação do rock que vinha com "Is this it" [não sei como usar itálico então vai de aspas mesmo!], parece se dissolver em meio a referências e influências. Se eu não conhecer enciclopedicamente a história do rock, não tenho condições de gostar dessa música - pensamento que me assola. Qualquer um gosta de Someday, mas se não souber quem fora Smiths, A-ha, Cure, Joy Division, Depeche Mode, parece-me que não se identificará com OWT. Apesar daquele "toquinho" [irritante, por sinal] ser repetido à exaustão, apesar de sua simplicidade na composição, tento encontrar, no meio disso tudo, aquele garage rock dos primeiros álbuns. - tendência que tb se verificou com Angles, em minha humilde opinião.

    Sobre a letra, sei lá, estou meio cansado de dilemas juvenis do tipo "find a job,...  find a dog" - verso que considero de qualidade duvidosa. Existem, em português inclusive, letras com dilemas juvenis que não são tão, digamos, infantis. Mas, digo que isso pode ser fase minha, que não tem nenhuma relação com Strokes.Li os comments abaixo e concordo quando alguém diz que A-ha é uma banda datada, apesar de considerar essa palavra demasiada forte, e com conotação de "velha". Como vc mesmo escreveu: "mistura de rock com teclados e sintetizadores" - marca indiscutível dos 80's. Mas, não vejo o mesmo brilho, glamour, simplicidade e sentimento desta década incrível. 

    Sim, estou meio chateado, mas pode ter certeza que daqui a pouco eu melhoro, vou escutar pela milionésima vez Under cover que melhoro. Vão lanças músicas novas e melhores, tenho certeza, mas One way trigger certamente saiu pela culatra!

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  15. Convenhamos, Linkin Park não salvou o rock, foi uma mostra de que o rock está em pleno envelhecimento e com pouca possibilidade de renovação... 
    Afinal, é mais velho do que a própria Bossa Nova!

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  16. Não é troll, eu simplesmente não entendo de música quanto a classificações(na verdade acho que não entendo de música e ponto). O que ocorre é que a opinião da Gabi não faz sentido. A música não tem relação nenhuma com o tecnobrega, tendo relação sim com aquele estilo de música típico dos anos 80. Achei essa opinião dela um pouco querendo valorizar demais o próprio estilo músical.


    E a única parte onde estou zoando é pelo ABBA(que apesar de não ter nada a ver com OWT, eu me lembrei da banda sabe-se lá porque diabos).

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  17.  Olá, Marcelo! Primeiramente, estou muito feliz em te ver aqui!

    Então, eu não acho que One Way Trigger é cheia de referências e influências... apenas sugeri uma música em que ele possivelmente foi inspirada (Take On Me), porque já não aguentava mais ver pessoas comparando OWT com Tecnobrega!
     
    Mas vamos supor que ela se "dissolva em referências e influências", vejo isso como algo bom. Discordo quando vc diz que não consegue gostar dessa música se não conhecer enciclopedicamente a história do rock (ora, eu não conheço nem 2%!). Um exemplo: Será que as pessoas não podem gostar do filmes do Tarantino caso não conheça todas as refêrencias e influências que ele coloca em seus filmes? Claro que podem! Mas é claro que, por exemplo, se vc conhece os filmes do Bruce Lee e sabe da onde Tarantino se inspirou pra criar a roupa amarela da protagonista em Kill Bill, fica muito mais divertido!

    Acredito que na música acontece o mesmo que no cinema: TUDO tem influência(s), vc não precisa saber todas pra curtir o som, mas se você conhece, a experiência pode ser mais legal!

    E o melhor disso tudo: pesquisar as refêrencias e influências sobre as bandas/filmes podem te levar a novas descobertas. Eu por exemplo só fui conhecer Joy Division depois de saber que foi uma das bandas em que o Legião Urbana mais se inspirou.

    Quanto a letra, eu gostei, apesar de realmente ser mais um dilema juvenil. Mas se pararmos para analisar as letras de Strokes, elas geralmente tratam de assuntos assim, a maioria é feita pra ser chiclete mesmo! Eles nunca se preocuparam muito em escrever "poesias" (apesar de terem músicas em que eu que literalmente paro tudo pra ficar pensando em certo ponto da letra, como em Red Light).

    Eu gostei de OWT. Só isso. Acho que o pessoal foi um pouco injusto com ela, mas eu entendo! Não chega nem perto de Under Cover of Darkness, isso é certeza! Como eu disse mais cedo no twitter, foi a música tema de 2011! Lembro até hoje a gente no show, foi emocionante (e o pior é que a música não tinha nem 1 ano de idade e já conseguia nos tocar)!

    Vão lançar músicas melhores sim! O album não vai ser só no estilo de OWT (apesar de gostar da música, fiquei feliz em saber que isso não acontecerá!), vai ser um dos mais "misturados", parece que vai ter até funk (estilo RHCP, não MC Créu) no meio. E hoje mesmo lançaram o primeiro single, chama All The Time. Eu adorei, parece que veio direto do Room on Fire! Dá pra ouvir aqui: https://soundcloud.com/thestrokes/the-strokes-all-the-time

    Caramba, esse meu comentário quase passou o próprio texto em tamanho haha

    Valeu pelo comentário Marcelão, muitas saudades de vc.

    Obs: Já estou numa fase em que opiniões opostas me atraem mais  e me deixam mais feliz do que elogios ou pessoas concordando com o que escrevi. Eu estou realmente me divertindo com essas discussões!

    Abraços

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  18. Realmente, opiniões contrárias, desde que ditas inteligível e educadamente nos amadurecer ideias - creio. Aceitar isso, e depois, até gostar disso, faz parte do crescimento [creio2]. hehehe
     Gus, acredito que tenha me expressado mal. Não quisera dizer que a própria música contenha referências fazendo citações quase que explícitas de uma banda foda dos 80's. Como o próprio post indica, "para gostar" de OWT, em uma das recomendações, seria necessário conhecer A-ha, indo muito além do atual tecnobrega. E convenhamos, muitos conhecem e até sabem cantar partes de Take on me, mesmo que em inglês macarrônico, mas não sabem qual é a banda que a interpreta. Nem conhecem uma segunda música. A-ha não está mais no gosto das gerações futuras. "Coisa de velho" de quem gosta de cavucar. Viu o que estou querendo dizer? Para gostar, além de ouvir, seria necessário conhecer uma banda que não está mais no cenário - coisa que não aconteceu com Is this it.

    Sobre a letra, concordo com vc, Gus. Muitas, muitas letras do velho e novo rock ao menos tangenciam os dilemas juvenis. Mas, por algum motivo não gostei dessa. Digo que muitas bandas nacionais como Legião criaram letras fantásticas. O próprio Strokes. Puxa, gosto muito do "don't go that way, i'll wait for you". Simplicidade e inocência, sem qualquer pretensão. Até o "but the people they don't understand" me soa mais agradável. Mas, confesso que nesse caso é realmente gosto e não crítica literária típico de "cheiradores de rolha" kkkkkk

    Muitas saudades de vc, man.
    Vejo que tem progredido, seu blog está muito phodástico!

    PS: Me lembro como se fosse ontem a gente tentando chegar na grade para ver os caras de perto, e depois eu arregando, pedindo para sair kkkkkkkkk

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