Referências. Referências everywhere.
O texto de hoje será diferente de tudo o que já postei aqui! Espero que curtam.
É o seguinte:
Por volta dos meus 12 anos, eu tinha uma turminha. Éramos moleques da mesma idade e escola; Quase todo final de semana, nos reuníamos na casa de algum integrante da turma ou saiámos pra dar uns rolês.
Pra melhor situar vocês leitores, vale ressaltar que naquela época a moda predominante no Japão era ser "mano". Mas isso é assunto pra outro post (quem sabe o próximo?). O que você precisa saber agora é que a gente se vestia mais ou menos assim:
Com exceção das armas e das atividades ilícitas que esse pessoal aí provavelmente já cometeu.
A nossa turma era composta por
Ericsson — Não, não era apelido. Apesar dele (veja só que curioso) ter um Sony Ericsson —;
Matheus, carinhosamente apelidado de Pudim. O motivo? Se a pança de Matheus fosse estapeada, ela provavelmente tremularia de forma semelhante ao balançar de um pudim. Resumindo, ele era gordo — mas um gordo gente fina —;
Henrique. Ah, Henrique… no intuito de reservar boas risadas para outras histórias, me conterei em escrever a seu respeito. Você merece alguns posts especiais, meu amigo.
Éramos quatro — por pouco emplaco uma referência a uma obra literária, ein? Fica pra próxima. Ainda terei outras chances de parecer inteligente.
Bom, Agora que vos apresentei todos os "personagens", vamos a história de hoje:
A avó do Henrique era dona de uma pizzaria e, de vez em quando, os pais dele trabalhavam lá nos fins de semana e ele os acompanhava. Por conta disso, quando Henrique nos convidava para pousar em sua casa, geralmente nos encontrávamos na pizarria.
Lógico que a oportunidade de comer pizza nunca era desperdiçada. Além de free of charge, a avó de Henrique costumava permitir que nossas pizzas fossem montadas por nós mesmos. Obviamente, essas brincadeiras sempre resultavam em pizzas recheadas — Peraí, é correto dizer que pizza tem "recheio"? Se, segundo o dicionário, recheio é o que vai DENTRO, como diabos é o nome do que vai POR CIMA? — com tanta coisa diferente e TANTO queijo que elas se tornavam insuportáveis já logo na segunda mordida.
Aliás, uma vez apelidamos uma de nossas criações de "P1zz4 V1d4 L0K4"… Antes que me perguntem: Sim, eu sinto vergonha de certas coisas do meu passado.
Enfim. Certo dia, eu, Ericsson e Pudim estávamos todos a caminho de mais um fim de semana regado à andanças sem propósito, Playstation 2 e conversas sobre garotas. Mas como naquele fim de semana Henrique estava com seus pais na pizzaria, fomos para lá primeiro. Era inverno e justamente nesse dia eu decidi vestir a minha amada jaqueta de nylon (guarde essa informação, será importante no final).
Chegando lá, ao invés de brincar de esconde-esconde na rua, decidimos entrar de uma vez no estabelecimento. A temperatura negativa nos motivou a fazer essa escolha.
Ocupamos uma mesa bastante próxima a um dos aquecedores que ficavam nos cantos. Outra decisão motivada pelo intenso frio.
Não era exatamente assim, mas já dá pra ter uma noção.
Antes de sentar, a velha tradição de inverno: desvestir a "camada" mais externa de roupa (a jaqueta, no meu caso), apoiá-la em volta do encosto da cadeira e, finalmente, abancar-se — que nada mais é do que uma versão engraçada do verbo "sentar".
A partir daí era só esperar o expediente dos pais do Henrique acabar, pois eles eram os encarregados de nos levar de carro até sua casa. Papo ia, papo vinha; Uns aproveitavam o refrigerante grátis e outros retiravam PSPs de suas mochilas, até que... surge um cheiro de queimado.
É engraçado como praticamente todo ser humano parece ser programado para, ao sentir um cheiro muito diferente do atual, levantar a cabeça de leve e estampar aquela expressão de dúvida em seu rosto, enquanto tenta adivinhar a procedência do odor. E foi isso que aconteceu com todos nós quatro. No entanto, acreditando que aquele cheiro vinha de algum pequeno e inofensivo incidente na cozinha da pizzaria, não nos preocupamos muito e em instantes voltamos ao normal.
Calma, a história já tá chegando ao fim, mas antes de prosseguir com ela, xô explicar um negócio aqui: O Pudim não era o único gordo da turma. Eu também era gordinho. Saca só:
Gordinho E Wannabe gangsta… meu passado me condena, cara.
Então, até o Pudim entrar pra nossa turminha eu era bastante zoado — De forma saudável, claro; não era Bullying (nem lembro disso existir na época, por sinal) — graças ao meu ligeiro excesso de banha. Quando conhecemos o Matheus, que tinha o dobro de banha, ele passou a ser o alvo das piadas. E como bom DESGRAÇADO que sou, aproveitei e saltei para o lado dos que acertam o alvo. Nesse momento, O Karma já havia se posicionado dessa forma:
Esse é o Karma, esperando a hora certa para me atingir.
Agora vamos voltar à história.
Segundos após o surgimento do cheiro, quando ninguém mais se importava, eu vi naquela situação uma boa oportunidade pra sacanear o Pudim. Foi aí que eu soltei essa:
"Esse cheiro de queimado é o Matheus queimando a rosca hehe"
Numa escala de Zorra Total a 10, essa minha piada — considerando a minha idade mental na época — receberia uns 6, vai?
Henrique e Ericsson deram uma risadinha, enquanto Pudim apenas abriu um sorriso meio sarcástico. Eu estava feliz com o efeito causado. Porém, o que eu não sabia era que a piada serviu na verdade como um tiro de largada para que o Karma iniciasse a sua corrida em minha direção.
Instantes depois, o cheiro começa a piorar e eu sinto uma constante elevação térmica perto de meu braço direito. Me dou conta de que o aquecedor estava literalmente grudado à minha jaqueta. Assustado, rapidamente retiro a jaqueta da cadeira. Faço uma rápida vistoria na minha peça de roupa e… maldito Karma… encontro um rombo de uns 15 centímetros de diâmetro na minha jaqueta predileta.
É, acabei virando a piada. Mas apesar de tudo, a vida me ensinou uma valiosíssima lição nesse dia:
Prefira sempre os aquecedores de teto.
Quem sacar TODAS as referências do banner de apresentação e comentar quais são aqui na área de comentários, vai ganhar uma coisa especial, ein?
ResponderExcluirValendo!
PORRA GUS, SEU RETARDADO EIHEAIOUAEHOIAHEAOIUEHAOIUAHEIAOUHEAIOUHEIOUEHIOEHEAIOUHEAOIEAHIOUAE
ResponderExcluirÉ entao, eu lembro dessa modinha de "ser mano" ela tambem chegou na Brazilian School, lembro que lá tinha rodinha de break, e na segunda/terceira série na Wagon ainda, a gente ouvia/cantava VIDA LOKA PARTE 1, foi a primera música que eu decorei e sei cantar até hoje!!!! É uma vergonha meio legal de se falar, quem imaginaria que EU cantei essas coisas quando pequeno?!
Eu usava bandana dobrada na testa igual o naruto manja? (não era a bandana dele, era uma bandana geralmente vermelha com desenhos, que eu pegava emprestado da minha mae...) eu, o jorge e uns outros da sala, mas foi só nessa época.
Até que o moleque "maiorzão" da Wagon veio para o Brasil, essa modinha meio que não fazia mais sentido pra mim, (no meu ponto de vista, ele que trouxe a modinha pra gente, ele era negao e usava essas roupas ae, parecia o Ice Cube) só o jorge que continuou com essa merda, depois eu parei e comecei a ouvir Mamonas e virei esse gordo retardado de hoje
Radiohead - Karma Police => KarmaTurma da Mônica => Turminha
ResponderExcluirPudim de leite condensado => Pudim
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk, putz nem lembrava mais disso
ResponderExcluirQuase ein! haha
ResponderExcluirTem um que não tá certo!
1° - Sério que tu tinha um colega chamado Matheus que era ?gordo e vocês nunca fizeram piada com Pneu?(que merece 15 de 10 na escala Praça é nossa).
ResponderExcluir2° - Pudim de Banha é um apelido muito Mainstream...
3° - Aquela sua foto(se é que é você mesmo) torna a imagem mental da situação infinitamente mais engraçada.4° - Isso de ser zoado na casa de uma pessoa me lembrou da fatídica história do banho de cuia, que se alguém me lembrar contarei algum dia no fat's memories
5° - Bom texto. gostei muito
6° - Minha colocação na corrida de comentários... =D
1° - Orra, pneu? não saquei a piada :/
ResponderExcluir2° - não era Pudim de banha! Era apenas PUDIM e era único!
3° - Sim sou eu mesmo, tive que criar coragem pra colocar essa foto minha no post haha
4° - Não foi exatamente na casa, foi na pizzaria (lê direito, carai)... Quero ler, adoro desgraça alheia!
5° - Obrigado, cara!
6° - haha Falando assim até parece que realmente existe uma corrida pra comentarem... #xatiado
Abraços